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Origem do curso de Produção Editorial

O que é Produção Editorial? Se explicar para os pais que faculdade você faz já era difícil, imagine encontrar entre pastas empoeiradas a origem do curso mais redondinho da ECO? Este foi o desafio que o Grupo de Estudos em Produção Editorial, liderado pelo Coordenador do curso, professor Paulo César Castro, e pela professora Ana Sofia, aceitou em meados de setembro de 2007. Tarefa nada fácil.

Antes de a prof. Maura Sardinha participar da equipe de reformulação do curso de PE, pouco se sabia sobre a origem do nosso querido curso. Não havia registros confiáveis ou informações precisas. Tudo era baseado no “disse-me-disse”. De lá para cá, do pouco que conseguimos, sabemos que, em 13 de março de 1967, a Escola de Comunicação/UFRJ transforma-se numa das unidades que compõem o Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFRJ. Em 4 de março de 1968, a ECO é instalada como unidade autônoma no antigo prédio do Instituto de Eletrotécnica, na Praça da República, com corpo docente oriundo do curso de Jornalismo da Faculdade Nacional de Filosofia (instituído em 13 de maio de 1947).

Até 1968, “Editoração” era um dos departamentos da Escola de Comunicação, assim como JornalismoPublicidade e Propaganda, Relações Públicas e Audiovisual. Em 1971 a ECO se transfere para as instalações físicas do campus da Praia Vermelha e ganha currículo reformulado, renovação de corpo docente e criação do curso de pós-graduação. A partir de 1972 a ECO ganha autonomia como unidade de ensino, pesquisa e extensão em Comunicação Social com quatro habilitações: Editoração, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e, posteriormente, Radialismo. O curso de Editoração deixa de ser um simples departamento, assim como os outros, passando a ser uma dessas habilitações, e mais tarde ganha o nome de Produção Editorial, com reformulação curricular.

Em 2001, após dezesseis anos de vigência do Currículo Mínimo em seus cursos de graduação, a Escola de Comunicação (ECO) da UFRJ propõe uma outra estrutura curricular a partir de um novo projeto pedagógico. E essa Reforma Curricular estabelece cinco principais diferenças: entrada única, ciclo comum, integração entre teoria e prática, ampliação do número de disciplinas complementares e redução do número de pré-requisitos. Houve na última semana de abril de 2001 uma discussão da reforma, cuja importância era incluir reuniões oficiais dos departamentos da ECO, onde ementas e bibliografias das novas disciplinas seriam apuradas e as antigas, revistas.

Naquela semana, o grupo de trabalhos da habilitação Produção Editorial, sob nova coordenação, apresentou proposta de mudança mais radical na estrutura curricular que vinha sendo elaborada desde o início de 2000, cobrando a volta de maior número de disciplinas obrigatórias e aumento da carga horária global. Decorre deste pedido a diferença na estrutura entre o currículo de Produção Editorial, com mais disciplinas obrigatórias, e os das demais habilitações: quatorze disciplinas passam a ser obrigatórias em Produção Editorial enquanto nas outras habilitações são apenas doze.

Atualmente, o curso de PE tem mais professores e disciplinas novas, algumas lecionadas por professores substitutos, que só podem renovar o contrato até mais um ano, totalizando dois anos na ECO. Mas desejamos que, com a nova reformulação que o governo fará na graduação (por conta do PRORECON), abram mais vagas para professores e mais disciplinas sejam criadas, além de um curso de Pós-graduação em Produção Editorial.

:: Postado originalmente no antigo blog do curso. ::